terça-feira, 10 de novembro de 2009

Entrevista com Adrielle da Costa Calixto


Por Guilherme Dala Barba
A jornalista Adrielle da Costa Calixto foi uma das convidadas das Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil) para acompanhar o IV Ciclo de Debates. Formada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e realizando especialização em “Mídia, Política e Atores Sociais”, Adrielle já possui diversas publicações, com destaque para o livro Cultura de Almanaque, publicado pela Secretaria de Comunicação Especial do Rio de Janeiro em 2008.

Como surgiu a criação do livro Cultura de Almanaque?
Quando comecei o projeto, com a orientação do professor Gadini (da UEPG), eu não tinha intenção de publicá-lo, ao menos não tão rapidamente. Era meu projeto final de curso e surgiu de um interesse que sempre possui em relação à cultura popular. Possuía diversos almanaques e acompanhava com freqüência materiais nesta área, em especial o Almanaque Brasil de Cultura Popular. Fui percebendo uma área de estudo pouco explorada e quando comecei a formular questionamentos sobre a cultura popular é que realmente o material começou a tomar formar. Coisas simples, como o que era a cultura popular? Por que era considerada popular? O que a influenciava?

Em relação à publicação do material, como aconteceu?
Assim que terminei o livro, pretendia dar um tempo ao material, mas acabei me interessando em inscrevê-lo em concursos. O que desejava na época não pude, pois meu orientador fazia parte da banca que selecionava os projetos, o que poderia parecer que meu livro fosse selecionado apenas por isso. Decidi enviá-lo para tentar publicação no Cadernos da Comunicação, iniciativa da Secretaria de Comunicação Especial do Rio de Janeiro. Depois foi tudo muito rápido, o projeto foi selecionado em dezembro de 2007 e em 2008 já estava publicado.

Aponte algumas dificuldades em realizar um livro a respeito de cultura
A falta de material teórico a respeito do assunto foi a maior dificuldade, pois é uma área pouco discutida na comunicação. Parece que é um interesse menor em relação a políticas e afins. Porém isso também acabou se tornando um dos principais destaques, pois a metodologia adotada teve que ser diferenciada. Houve autores como Peter Burke e Renata Ortiz, cujo material foram de extrema valia, mas para a criação do livro foi adotada uma corrente que não se apóia apenas nas ciências sociais, mas também em suas áreas correlatas. Somado a isso, foi usado autores como Daniel Piza, que não é um teórico, mas que oferece seu olhar a respeito da cultura popular. Isso, somada a dedução e fatores influenciadores, já que ninguém mais vive isolado, determinaram um curso para o texto.

Acredita que, apesar de toda extensão de nosso país, que a cultura popular atinge a todos?
Cada região possui suas próprias peculiaridades, seja pela forma de falar ou até mesmo por suas ligações históricas. Mas elas absorvem, mesmo que inconscientemente, outros elementos culturais. Como disse anteriormente, ninguém mais vive isolado e acabamos por adotar determinados modelos de outras localidades.

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